EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Moderador: Caco
EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
http://www.central.rj.gov.br/010204.htm
O Complexo Ferroviário do Engenho de Dentro
"A oficina da Locomoção foi construída inicialmente sob dois telheiros com 750m² com tesouras de madeira e colunas de trilhos, para abrigar o material rodante da Estrada. Posteriormente transformou-se no maior complexo de tecnologia ferroviária brasileiro e foi considerado o mais importante da América Latina. Documentos de 1992 da Secretaria Municipal de Cultura mostram a sua importância histórica no Século XIX. Hoje, suas instalações encontram-se totalmente desativadas e o seu estado é lastimável".
A extensa área do Engenho de Dentro, na segunda metade do século XIX, não possuía nesse período núcleo habitacional e também nenhuma atividade econômica significativa. Existia apenas na época uma pequena fábrica de aguardente e açúcar na região. A Estrada de Ferro D.Pedro II tinha interesse e necessitava de adquirir terrenos para instalações de suas oficinas. O projeto desenvolvido para a construção da estação da "Corte", hoje D. Pedro II, já previa espaço, neste local, para as oficinas da empresa destinadas a fazer pequenos reparos do material rodante. Estas instalações iniciais logo se tornaram insuficientes e a Estrada de Ferro acabou adquirindo as oficinas de propriedade do engenheiro inglês Edward Price, responsável pela construção do 1º trecho da E. F. D. Pedro II. O terreno onde foi construído as oficinas do Engenho de Dentro pertenceu ao Sr. Francisco Fernandes Padilha e sua mulher, dona Tereza Enriqueta Carneiro de Azambuja Padilha, foi adquirido pela Estrada de Ferro D.Pedro I em 10 de setembro de 1869.
O Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, então Diretor da Estrada, assinou a escritura de venda como outorgado. A Fazenda Engenho de Dentro localizava-se no Engenho Novo, na Freguesia de Inhaúma. Os limites do terreno eram a linha do trem, na frente, e a propriedade de José Martins dos Reis, nos fundos. Em outubro desse mesmo ano, as obras tiveram início, sob a direção do engenheiro José Carlos de Bulhões Ribeiro e em 01 de dezembro de 1871, a Companhia já possuía a oficina sede de todos os trabalhos de reparação. Elas foram dimensionadas para atender a um tráfego correspondente a 4.000 km de vias férreas, realizado por 700 locomotivas e 5.000 carros de passageiros e vagões.
A construção das oficinas do Engenho de Dentro como já foi dito, não implicou na inatividade daquela em São Diogo, esta foi mantida para continuar fazendo pequenos reparos no material rodante, enquanto que, mantinha alguns setores em operação, a exemplo da fundição. As oficinas de reparação do material rodante no Engenho de Dentro incluíam seções de fundição de ferro e de bronze, caldeiraria, torneiros, ajustadores, carpintaria, pintura e montagem. Fazia-se, desde o início, não só o trabalho rotineiro de manutenção, como a montagem das locomotivas, carros de passageiros e vagões exportados e também a construção de carros de passageiros e vagões.
Honório Bicalho dizia que os veículos ali construídos não ficavam nada a dever aos vindos da Europa. Fabricavam-se também estruturas de pontes, ferramentas, e a própria estrutura metálica de cobertura das mesmas oficinas. A medida que aumentava a frota e os novos tipos de locomotivas iam surgindo, as oficinas tiveram suas atividades ampliadas. Em 1881, essas oficinas, consideradas as melhores em toda a América do Sul, estavam sob a direção do engenheiro Carlos Conrado de Niemeyer, e compreendiam dezesseis grandes galpões, com área coberta total de 12.825m2; atendiam não só a própria estrada como a outras ferrovias (Oeste de Minas, União Valenciana, etc.), inclusive na fabricação de vagões e carros de passageiros. O complexo dispunha também de uma oficina de reparos de aparelhos telegráficos e outros equipamentos elétricos. Para se ter uma idéia, em 1884, foram reparados no Engenho de Dentro 95 locomotivas, 475 carros de passageiros e 1.726 vagões de diversos tipos.
Durante a Revolta da Armada em 1893, eram realizados de caminhões e fabricavam-se milhares de projéteis e outros materiais bélicos, em apoio ao Governo Floriano. A fachada que o prédio das oficinas ostenta até os dias atuais, data de 1905, pois em maio de 1904 um incêndio destruiu parte das instalações, com grandes prejuízos materiais somente. Logo a seguir, sua reconstrução foi iniciada e aproveitou-se para ampliar a área construída. O engenheiro Carlos Possi comandou a obra que foi feita por empreitada de setembro de 1904 a maio de 1905.
Nesse mesmo ano, para ornamentar o frontão do prédio, a então Estrada de Ferro Central do Brasil adquiriu da firma Herm Stoltz, "um relógio batendo horas, meias horas e quartos". De acordo com as necessidades de diversificação do transporte eram fabricados vagões especiais, a exemplo do "tipo frigorífico", produzido em 1900 para o transporte de carnes verdes do matadouro de Santa Cruz para São Diogo, além do vagão correio para o transporte de correspondências. Desde a época da conhecida "Maria Fumaça", essas locomotivas a vapor eram montadas e reparadas nas oficinas do Engenho de Dentro, pois não existia no país a fabricação de peças necessárias à engenharia ferroviária.
A partir da chegada da eletrificação das linhas do Rio, teve o início uma fase de redução da importância das oficinas e também pelo surgimento da tração diesel-elétrica em 1943. Entretanto, em 1954, as tradições de grandes produções das oficinas começam a ser recuperadas com a criação da Oficina de Locomotivas Diesel-elétricas em Engenho de Dentro, inaugurando uma nova fase de pioneirismo e progresso, a "era da tração diesel-elétrica".
Por volta de 1871, em frente do local onde estava sendo construída a oficina de locomoção no Engenho de Dentro, surgiu uma edificação funcionando como ponto de parada, para embarque e desembarque, dos trabalhadores e mercadorias. Entretanto, somente em 10 de dezembro de 1873, é que foi inaugurada, no mesmo local, a estação Engenho de Dentro sendo mais tarde, demolida e construída no mesmo local em 1924, um novo prédio.
Além das inspeções freqüentes que realizava às obras de construção da ferrovia, o Imperador D. Pedro II visitava também as instalações da Oficina, ocasião em que conversava com os engenheiros e artífices, inteirando-se dos trabalhos alí realizados. Por não existir núcleo habitacional no Engenho de Dentro, a EFCB autorizou a construção de edificações dentro dos terrenos da oficina. Foram construídas casas para os operários e pessoal técnico. No ano de 1876, já haviam 26 casas erguidas na Rua Mariano Procópio e 27 na Rua Dr. Padilha.
As casas da Rua José dos Reis foram demolidas e em lugar destas construídos novos armazéns posteriormente, as casas da Rua Dr. Padilha deixaram de existir sendo substituídas por um conjunto de edifícios para os funcionários da oficina da locomoção. Não só aos operários eram dadas residências. Em 1875, um hotel no local abrigava engenheiros e visitantes. O engenheiro chefe da locomoção residia no prédio dos escritórios da oficina. Em 1889 teve início o aumento dos cômodos de sua residência sendo a obra terminada em 1890.
Com o objetivo de dar instrução aos filhos dos operários que trabalhavam na oficina, o Dr. Francisco Pereira Passos, enquanto diretor da EFCB, autorizou a construção de uma escola nos terrenos da oficina. Em 11 de julho de 1881 a escola foi concluída e em 1882 foi aberta à freqüência dos filhos e filhas dos operários. Para lecionar foi nomeada a professora dona Maria Amélia Jacobina. Para suprir a falta de mão de obra especializada, foi criada em 1897 uma "Escola Prática de Aprendizes", anexa ao prédio da oficina.
O número máximo de alunos no primeiro ano era de quatro que aprendiam desenho geométrico e peças de máquinas. Em 1901 era lecionada a disciplina "desenho geométrico" e "aritmética" para setenta alunos e destinava-se a preparar operários mecânicos com conhecimento teóricos e práticos."Escola Profissional Silva Freire", foi o nome que marcou toda a trajetória histórica do ensino profissional no Brasil. Ela não ficou marcada, somente, por ser pioneira do ensino industrial no Brasil como em toda a América Latina, mas também por ser um exemplo, um protótipo, para as demais escolas industriais criadas posteriormente.
O começo da industrialização no país e a implantação da ferrovia foi um passo forte no processo do desenvolvimento, criando urgente necessidade de formação de mão de obra qualificada. Em maio de 1906 o então sub-Diretor da Locomoção, Dr. José Joaquim da Silva Freire, percebendo a importância da formação de pessoal deu nova organização à Escola. A admissão na escola passou a ser precedida de um exame preliminar de leitura, escrita, contas e conhecimentos gerais de coisas comuns de uso comum. Essa escola, ao atravessar várias décadas, deixou marcas profundas nos excelentes profissionais que receberam instruções não somente técnica mas também humana.
Este lado humanístico do ensino é sentido, ainda hoje, nos alunos de ontem. Podemos dividir as principais fases da Escola da seguinte forma: 1897-1922 – Escola Prática de Aprendizes1922-1955 – Escola Profissional Silva Freire1955-1970 – Escola Industrial Silva Freire 1970-1984 – Centro de Formação Profissional do Engenho de Dentro1984-1997 – Centro de Formação Profissional do Rio de Janeiro.De1998 até a presente data – "Escola Técnica Estadual de Transportes Silva Freire" autorizada pelo Decreto n.º 24666 de setembro de 1998.
No período de 1887 a 1906 o processo de ensino ainda era precário. Não existia um ensino profissional metodizado. Em sala de aula eram ensinadas as disciplinas básicas, tais como matemática, português, física, desenho e química. A formação profissional não tinha monitoramento. Os alunos eram colocados na oficina e era através da observação do trabalho de outros operários que aprendiam a manipular as ferramentas e executar as tarefas.
Um segundo momento desse período foi quando Silva Freire substituindo interinamente o Diretor da Oficina reformulou o curso de Formação de Aprendizes dando, inclusive, instalações para as aulas práticas. Com relação a formação das estações de uma maneira geral, as mesmas surgiram a partir da necessidade dos proprietários de fazendas escoarem a sua produção agrícola por ferrovia. Daí era assinado acordos com a administração das diversas estradas de ferro sendo que os fazendeiros assumiam os custos das construções das mesmas.
Por volta de 1871, em frente do local onde estava sendo construída a oficina, surgiu uma edificação funcionando como ponto de parada, para embarque e desembarque, dos trabalhadores e mercadorias. Entretanto, somente em 10 de dezembro de 1873, é que foi inaugurada, no mesmo local, a estação Engenho de Dentro sendo mais tarde demolida e construída no mesmo local em 1924, um novo prédio.
Graças ao Aviso n º 95-G, de 21 de fevereiro de 1929, que passava a direção e administração da E.F. Rio D’Ouro para a EFCB; o Ramal das Oficinas do Engenho de Dentro, que servia para o trafego de trens de Socorro da Inspetoria de Águas e Esgotos, foi retirado e o serviço passou a ser feito por caminhão da citada.
No Inicio o Ramal das Oficinas partia da Estação José dos Reis na Variante Antiga da Estrada de Ferro Rio D’Ouro e ligava-se com a Estação Engenho de Dentro da Estrada de Ferro Central do Brasil.
Numa época que ainda não existia a Variante Nova, quando então este Ramal passou a sair da Estação Inhaúma.
Abaixo segue o Mapa de 1900 com o referido Ramal, apesar de já existir a Variante Nova, passando por Inhaúma, traçado da atual Linha do Metrô.
Aqui se inicia o Ramal das Oficinas.
Saindo de Inhaúma seguia até Engo. de Dentro, vida o início:
Sobre o ramal da Oficinas...
Vide o Mapa:
Início do Ramal em Inhauma
Saida para o Ramal das Oficinas em Inhaúma.
Saída do Ramal das Oficinas em Inhaúma.
Projecto de Alinhamento do Caminho do Cemitério (Estação Engenho da Rainha) - SMU 23-02-1915"
1-Estação Engenho da Rainha, ao invés de Inhaúma, que seria a estação local. Estranho (1)
2-O leito da EF Rio do Ouro aparece no projeto.
Em detalhe, ampliada:
A imagem abaixo, mostra algo normalmente atípico em se tratando de EFRO ... um entroncamento ferroviário, com algumas linhas e uma espécie de pátio de manobras. Normalmente a linha se mantinha singela em boa parte da sua extensão, com triângulos de reversão ou pátios em suas estações terminais ou de ponta. Mas a imagem abaixo mostra um entroncamento próximo a estação de Inhaúma (erroneamente assinalada como Engenho da Rainha), com a linha se bifurcando junto a plataforma, uma linha saindo a direita, outra também vindo da direita pela R.Padre Januário e outra linha saindo à esquerda, em direção às oficinas do Engenho de Dentro e a Monhangaba, que seria o entroncamento (Chave Zieze) com a Linha Auxiliar:
A planta é de 23-02-1905 ou 23-02-1915.
Trecho seguindo após sair da Rua José dos Reis.
Após o muro, continuação do Leito, já proximo da Linha Amarela.
Casas da Ferrovia, note que a posição delas está diferente das demais.
O leito segue por traz do muro.
Local do cruzamento do leito com a Linha Auxiliar.
Ponte retirada, próximo a Estação Pilares (Cintral Vidal) da Linha Auxiliar - Ramal de Belford Roxo.
Esta pode ser a ponte que está neste relatório.
Resquícios do Leito.
A Ponte está em paralelo com a Rua José dos Reis.
Ramal original, saindo antes da Est. Inhaúma em paralelo a Rua José dos Reis, cruzando com a Linha Auxiliar em direção a Eng. de Dentro.
Temos que entender que existiram segundo mapas de épocas diferentes, três (02) traçados, do Ramal das Oficinas da EFRD; o primeiro quando o ramal saia próximo a Estação José dos Reis para as Oficinas da EFCB, no Engenho de Dentro e o segundo partindo de Inhaúma na época da Variante Nova da E.F. Rio D'Ouro. Este novo traçado seguia pela Rua José dos Reis, passando pelos fundos da Fábrica Klabin, próximo a Estação Monhangaba (Wall Mart), seguindo pela Rua Ibiraci, onde ao lado estava a Estação/Parada Henrique Scheid e dali para Engenho de Dentro.
Estação Monhangaba (Wall Mart) (P) - km 9.225 -- 28-3-1898
De Monhangaba, havia a ligação com o Ramal da Fabrica (Klabin).
Vide o Mapa abaixo:
No site do Ralph, estações ferroviarias, conta que dai saia o Ramal das oficinas, acredito que esteja errada a informação, apesar de na foto eu ter colocado isso, baseando no Site http://www.estacoesferroviarias.com.br; vide as fotos abaixo:
Este local é a Favela Fernão Cardim, feita encima do leito da ferrovia e atualmente ocupado por Milicianos.
Mapa com detalhe.
Local Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana.
Parada Henrique Scheid.
No "retângulo" no projeto da rua Henrique Scheid, esquina com Av.Suburbana ... a antiqüíssima Parada Henrique Scheid. Imagem (arquivos da SMU):
Local Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana
Rua Henrique Scheid em direção ao Eng. de Dentro em frente ao local da Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana.
Local Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana
Local Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana.
Parada Ziese - km 11.045 -- 28-3-1898
O Ramal da Oficinas saia de Chave Zieze, após a extinção da ligação da E.F. Rio D’ouro que saia de Inhaúma.
Mapa com o detalhe do Ramal das Oficinas, saindo de Zieze.
Provável estação ou parada José dos Reis, o local está na Av. Suburbana, ao lado de um centro espírita, junto ao antigo leito, hoje abandonado.
Neste local o morador não soube informar se era a Estação, mas disse fazer parte da ferrovia.
Estação/Parada José dos Reis.
Nesta planta de alinhamento da R.Henrique Scheid, há a estação José dos Reis na Av.Suburbana.
Zoom:
No Mapa Antigo ela está na Antiga Variante da R D'Ouro, acredito que também servia as Oficinas, assim como a Estação ou Parada Henrique Scheid, observe no mapa recente.
A Oficina de Pontes quase em frente.
Leito, ali ainda existe os trilhos.
Mapas após a retirada dos trilhos entre Estação Inhaúma e Linha Auxiliar.
Vejam o vídeo abaixo, já nos últimos momentos de funcionamento do ramal, em 1997.
https://www.youtube.com/watch?v=fnUXeYmKjBY
https://www.youtube.com/watch?v=diwE1AxMkP4
Abraço a todos.
O Complexo Ferroviário do Engenho de Dentro
"A oficina da Locomoção foi construída inicialmente sob dois telheiros com 750m² com tesouras de madeira e colunas de trilhos, para abrigar o material rodante da Estrada. Posteriormente transformou-se no maior complexo de tecnologia ferroviária brasileiro e foi considerado o mais importante da América Latina. Documentos de 1992 da Secretaria Municipal de Cultura mostram a sua importância histórica no Século XIX. Hoje, suas instalações encontram-se totalmente desativadas e o seu estado é lastimável".
A extensa área do Engenho de Dentro, na segunda metade do século XIX, não possuía nesse período núcleo habitacional e também nenhuma atividade econômica significativa. Existia apenas na época uma pequena fábrica de aguardente e açúcar na região. A Estrada de Ferro D.Pedro II tinha interesse e necessitava de adquirir terrenos para instalações de suas oficinas. O projeto desenvolvido para a construção da estação da "Corte", hoje D. Pedro II, já previa espaço, neste local, para as oficinas da empresa destinadas a fazer pequenos reparos do material rodante. Estas instalações iniciais logo se tornaram insuficientes e a Estrada de Ferro acabou adquirindo as oficinas de propriedade do engenheiro inglês Edward Price, responsável pela construção do 1º trecho da E. F. D. Pedro II. O terreno onde foi construído as oficinas do Engenho de Dentro pertenceu ao Sr. Francisco Fernandes Padilha e sua mulher, dona Tereza Enriqueta Carneiro de Azambuja Padilha, foi adquirido pela Estrada de Ferro D.Pedro I em 10 de setembro de 1869.
O Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, então Diretor da Estrada, assinou a escritura de venda como outorgado. A Fazenda Engenho de Dentro localizava-se no Engenho Novo, na Freguesia de Inhaúma. Os limites do terreno eram a linha do trem, na frente, e a propriedade de José Martins dos Reis, nos fundos. Em outubro desse mesmo ano, as obras tiveram início, sob a direção do engenheiro José Carlos de Bulhões Ribeiro e em 01 de dezembro de 1871, a Companhia já possuía a oficina sede de todos os trabalhos de reparação. Elas foram dimensionadas para atender a um tráfego correspondente a 4.000 km de vias férreas, realizado por 700 locomotivas e 5.000 carros de passageiros e vagões.
A construção das oficinas do Engenho de Dentro como já foi dito, não implicou na inatividade daquela em São Diogo, esta foi mantida para continuar fazendo pequenos reparos no material rodante, enquanto que, mantinha alguns setores em operação, a exemplo da fundição. As oficinas de reparação do material rodante no Engenho de Dentro incluíam seções de fundição de ferro e de bronze, caldeiraria, torneiros, ajustadores, carpintaria, pintura e montagem. Fazia-se, desde o início, não só o trabalho rotineiro de manutenção, como a montagem das locomotivas, carros de passageiros e vagões exportados e também a construção de carros de passageiros e vagões.
Honório Bicalho dizia que os veículos ali construídos não ficavam nada a dever aos vindos da Europa. Fabricavam-se também estruturas de pontes, ferramentas, e a própria estrutura metálica de cobertura das mesmas oficinas. A medida que aumentava a frota e os novos tipos de locomotivas iam surgindo, as oficinas tiveram suas atividades ampliadas. Em 1881, essas oficinas, consideradas as melhores em toda a América do Sul, estavam sob a direção do engenheiro Carlos Conrado de Niemeyer, e compreendiam dezesseis grandes galpões, com área coberta total de 12.825m2; atendiam não só a própria estrada como a outras ferrovias (Oeste de Minas, União Valenciana, etc.), inclusive na fabricação de vagões e carros de passageiros. O complexo dispunha também de uma oficina de reparos de aparelhos telegráficos e outros equipamentos elétricos. Para se ter uma idéia, em 1884, foram reparados no Engenho de Dentro 95 locomotivas, 475 carros de passageiros e 1.726 vagões de diversos tipos.
Durante a Revolta da Armada em 1893, eram realizados de caminhões e fabricavam-se milhares de projéteis e outros materiais bélicos, em apoio ao Governo Floriano. A fachada que o prédio das oficinas ostenta até os dias atuais, data de 1905, pois em maio de 1904 um incêndio destruiu parte das instalações, com grandes prejuízos materiais somente. Logo a seguir, sua reconstrução foi iniciada e aproveitou-se para ampliar a área construída. O engenheiro Carlos Possi comandou a obra que foi feita por empreitada de setembro de 1904 a maio de 1905.
Nesse mesmo ano, para ornamentar o frontão do prédio, a então Estrada de Ferro Central do Brasil adquiriu da firma Herm Stoltz, "um relógio batendo horas, meias horas e quartos". De acordo com as necessidades de diversificação do transporte eram fabricados vagões especiais, a exemplo do "tipo frigorífico", produzido em 1900 para o transporte de carnes verdes do matadouro de Santa Cruz para São Diogo, além do vagão correio para o transporte de correspondências. Desde a época da conhecida "Maria Fumaça", essas locomotivas a vapor eram montadas e reparadas nas oficinas do Engenho de Dentro, pois não existia no país a fabricação de peças necessárias à engenharia ferroviária.
A partir da chegada da eletrificação das linhas do Rio, teve o início uma fase de redução da importância das oficinas e também pelo surgimento da tração diesel-elétrica em 1943. Entretanto, em 1954, as tradições de grandes produções das oficinas começam a ser recuperadas com a criação da Oficina de Locomotivas Diesel-elétricas em Engenho de Dentro, inaugurando uma nova fase de pioneirismo e progresso, a "era da tração diesel-elétrica".
Por volta de 1871, em frente do local onde estava sendo construída a oficina de locomoção no Engenho de Dentro, surgiu uma edificação funcionando como ponto de parada, para embarque e desembarque, dos trabalhadores e mercadorias. Entretanto, somente em 10 de dezembro de 1873, é que foi inaugurada, no mesmo local, a estação Engenho de Dentro sendo mais tarde, demolida e construída no mesmo local em 1924, um novo prédio.
Além das inspeções freqüentes que realizava às obras de construção da ferrovia, o Imperador D. Pedro II visitava também as instalações da Oficina, ocasião em que conversava com os engenheiros e artífices, inteirando-se dos trabalhos alí realizados. Por não existir núcleo habitacional no Engenho de Dentro, a EFCB autorizou a construção de edificações dentro dos terrenos da oficina. Foram construídas casas para os operários e pessoal técnico. No ano de 1876, já haviam 26 casas erguidas na Rua Mariano Procópio e 27 na Rua Dr. Padilha.
As casas da Rua José dos Reis foram demolidas e em lugar destas construídos novos armazéns posteriormente, as casas da Rua Dr. Padilha deixaram de existir sendo substituídas por um conjunto de edifícios para os funcionários da oficina da locomoção. Não só aos operários eram dadas residências. Em 1875, um hotel no local abrigava engenheiros e visitantes. O engenheiro chefe da locomoção residia no prédio dos escritórios da oficina. Em 1889 teve início o aumento dos cômodos de sua residência sendo a obra terminada em 1890.
Com o objetivo de dar instrução aos filhos dos operários que trabalhavam na oficina, o Dr. Francisco Pereira Passos, enquanto diretor da EFCB, autorizou a construção de uma escola nos terrenos da oficina. Em 11 de julho de 1881 a escola foi concluída e em 1882 foi aberta à freqüência dos filhos e filhas dos operários. Para lecionar foi nomeada a professora dona Maria Amélia Jacobina. Para suprir a falta de mão de obra especializada, foi criada em 1897 uma "Escola Prática de Aprendizes", anexa ao prédio da oficina.
O número máximo de alunos no primeiro ano era de quatro que aprendiam desenho geométrico e peças de máquinas. Em 1901 era lecionada a disciplina "desenho geométrico" e "aritmética" para setenta alunos e destinava-se a preparar operários mecânicos com conhecimento teóricos e práticos."Escola Profissional Silva Freire", foi o nome que marcou toda a trajetória histórica do ensino profissional no Brasil. Ela não ficou marcada, somente, por ser pioneira do ensino industrial no Brasil como em toda a América Latina, mas também por ser um exemplo, um protótipo, para as demais escolas industriais criadas posteriormente.
O começo da industrialização no país e a implantação da ferrovia foi um passo forte no processo do desenvolvimento, criando urgente necessidade de formação de mão de obra qualificada. Em maio de 1906 o então sub-Diretor da Locomoção, Dr. José Joaquim da Silva Freire, percebendo a importância da formação de pessoal deu nova organização à Escola. A admissão na escola passou a ser precedida de um exame preliminar de leitura, escrita, contas e conhecimentos gerais de coisas comuns de uso comum. Essa escola, ao atravessar várias décadas, deixou marcas profundas nos excelentes profissionais que receberam instruções não somente técnica mas também humana.
Este lado humanístico do ensino é sentido, ainda hoje, nos alunos de ontem. Podemos dividir as principais fases da Escola da seguinte forma: 1897-1922 – Escola Prática de Aprendizes1922-1955 – Escola Profissional Silva Freire1955-1970 – Escola Industrial Silva Freire 1970-1984 – Centro de Formação Profissional do Engenho de Dentro1984-1997 – Centro de Formação Profissional do Rio de Janeiro.De1998 até a presente data – "Escola Técnica Estadual de Transportes Silva Freire" autorizada pelo Decreto n.º 24666 de setembro de 1998.
No período de 1887 a 1906 o processo de ensino ainda era precário. Não existia um ensino profissional metodizado. Em sala de aula eram ensinadas as disciplinas básicas, tais como matemática, português, física, desenho e química. A formação profissional não tinha monitoramento. Os alunos eram colocados na oficina e era através da observação do trabalho de outros operários que aprendiam a manipular as ferramentas e executar as tarefas.
Um segundo momento desse período foi quando Silva Freire substituindo interinamente o Diretor da Oficina reformulou o curso de Formação de Aprendizes dando, inclusive, instalações para as aulas práticas. Com relação a formação das estações de uma maneira geral, as mesmas surgiram a partir da necessidade dos proprietários de fazendas escoarem a sua produção agrícola por ferrovia. Daí era assinado acordos com a administração das diversas estradas de ferro sendo que os fazendeiros assumiam os custos das construções das mesmas.
Por volta de 1871, em frente do local onde estava sendo construída a oficina, surgiu uma edificação funcionando como ponto de parada, para embarque e desembarque, dos trabalhadores e mercadorias. Entretanto, somente em 10 de dezembro de 1873, é que foi inaugurada, no mesmo local, a estação Engenho de Dentro sendo mais tarde demolida e construída no mesmo local em 1924, um novo prédio.
Graças ao Aviso n º 95-G, de 21 de fevereiro de 1929, que passava a direção e administração da E.F. Rio D’Ouro para a EFCB; o Ramal das Oficinas do Engenho de Dentro, que servia para o trafego de trens de Socorro da Inspetoria de Águas e Esgotos, foi retirado e o serviço passou a ser feito por caminhão da citada.
No Inicio o Ramal das Oficinas partia da Estação José dos Reis na Variante Antiga da Estrada de Ferro Rio D’Ouro e ligava-se com a Estação Engenho de Dentro da Estrada de Ferro Central do Brasil.
Numa época que ainda não existia a Variante Nova, quando então este Ramal passou a sair da Estação Inhaúma.
Abaixo segue o Mapa de 1900 com o referido Ramal, apesar de já existir a Variante Nova, passando por Inhaúma, traçado da atual Linha do Metrô.
Aqui se inicia o Ramal das Oficinas.
Saindo de Inhaúma seguia até Engo. de Dentro, vida o início:
Sobre o ramal da Oficinas...
Vide o Mapa:
Início do Ramal em Inhauma
Saida para o Ramal das Oficinas em Inhaúma.
Saída do Ramal das Oficinas em Inhaúma.
Projecto de Alinhamento do Caminho do Cemitério (Estação Engenho da Rainha) - SMU 23-02-1915"
1-Estação Engenho da Rainha, ao invés de Inhaúma, que seria a estação local. Estranho (1)
2-O leito da EF Rio do Ouro aparece no projeto.
Em detalhe, ampliada:
A imagem abaixo, mostra algo normalmente atípico em se tratando de EFRO ... um entroncamento ferroviário, com algumas linhas e uma espécie de pátio de manobras. Normalmente a linha se mantinha singela em boa parte da sua extensão, com triângulos de reversão ou pátios em suas estações terminais ou de ponta. Mas a imagem abaixo mostra um entroncamento próximo a estação de Inhaúma (erroneamente assinalada como Engenho da Rainha), com a linha se bifurcando junto a plataforma, uma linha saindo a direita, outra também vindo da direita pela R.Padre Januário e outra linha saindo à esquerda, em direção às oficinas do Engenho de Dentro e a Monhangaba, que seria o entroncamento (Chave Zieze) com a Linha Auxiliar:
A planta é de 23-02-1905 ou 23-02-1915.
Trecho seguindo após sair da Rua José dos Reis.
Após o muro, continuação do Leito, já proximo da Linha Amarela.
Casas da Ferrovia, note que a posição delas está diferente das demais.
O leito segue por traz do muro.
Local do cruzamento do leito com a Linha Auxiliar.
Ponte retirada, próximo a Estação Pilares (Cintral Vidal) da Linha Auxiliar - Ramal de Belford Roxo.
Esta pode ser a ponte que está neste relatório.
Resquícios do Leito.
A Ponte está em paralelo com a Rua José dos Reis.
Ramal original, saindo antes da Est. Inhaúma em paralelo a Rua José dos Reis, cruzando com a Linha Auxiliar em direção a Eng. de Dentro.
Temos que entender que existiram segundo mapas de épocas diferentes, três (02) traçados, do Ramal das Oficinas da EFRD; o primeiro quando o ramal saia próximo a Estação José dos Reis para as Oficinas da EFCB, no Engenho de Dentro e o segundo partindo de Inhaúma na época da Variante Nova da E.F. Rio D'Ouro. Este novo traçado seguia pela Rua José dos Reis, passando pelos fundos da Fábrica Klabin, próximo a Estação Monhangaba (Wall Mart), seguindo pela Rua Ibiraci, onde ao lado estava a Estação/Parada Henrique Scheid e dali para Engenho de Dentro.
Estação Monhangaba (Wall Mart) (P) - km 9.225 -- 28-3-1898
De Monhangaba, havia a ligação com o Ramal da Fabrica (Klabin).
Vide o Mapa abaixo:
No site do Ralph, estações ferroviarias, conta que dai saia o Ramal das oficinas, acredito que esteja errada a informação, apesar de na foto eu ter colocado isso, baseando no Site http://www.estacoesferroviarias.com.br; vide as fotos abaixo:
Este local é a Favela Fernão Cardim, feita encima do leito da ferrovia e atualmente ocupado por Milicianos.
Mapa com detalhe.
Local Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana.
Parada Henrique Scheid.
No "retângulo" no projeto da rua Henrique Scheid, esquina com Av.Suburbana ... a antiqüíssima Parada Henrique Scheid. Imagem (arquivos da SMU):
Local Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana
Rua Henrique Scheid em direção ao Eng. de Dentro em frente ao local da Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana.
Local Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana
Local Provavel da Parada Henrique Scheid - Antiga variante da E. F. Rio D'Ouro
Este terreno se encontra abandonado a anos, faz esquina com a Rua Henrique Scheid e Av. Suburbana.
Parada Ziese - km 11.045 -- 28-3-1898
O Ramal da Oficinas saia de Chave Zieze, após a extinção da ligação da E.F. Rio D’ouro que saia de Inhaúma.
Mapa com o detalhe do Ramal das Oficinas, saindo de Zieze.
Provável estação ou parada José dos Reis, o local está na Av. Suburbana, ao lado de um centro espírita, junto ao antigo leito, hoje abandonado.
Neste local o morador não soube informar se era a Estação, mas disse fazer parte da ferrovia.
Estação/Parada José dos Reis.
Nesta planta de alinhamento da R.Henrique Scheid, há a estação José dos Reis na Av.Suburbana.
Zoom:
No Mapa Antigo ela está na Antiga Variante da R D'Ouro, acredito que também servia as Oficinas, assim como a Estação ou Parada Henrique Scheid, observe no mapa recente.
A Oficina de Pontes quase em frente.
Leito, ali ainda existe os trilhos.
Mapas após a retirada dos trilhos entre Estação Inhaúma e Linha Auxiliar.
Vejam o vídeo abaixo, já nos últimos momentos de funcionamento do ramal, em 1997.
https://www.youtube.com/watch?v=fnUXeYmKjBY
https://www.youtube.com/watch?v=diwE1AxMkP4
Abraço a todos.
Editado pela última vez por Melekh em 25 Mai 2017, 16:19, em um total de 3 vezes.
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Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Comentei com alguns foristas sobre um achado na rua Henrique Scheid, mas acho que não postei as fotos, a placa da rede ferroviária me chamou a atenção enquanto aguardava o onibus, na ocasião estava com minha câmera ,segue as fotos:
Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Melekh meu amigo, sem palavras para o seu post. você e seus trabalhos fantásticos. Já disse uma vez e repito que sou suspeito para falar dele, de tanto que gosto. Mas existe uma grande interrogação na minha cabeça a respeito das Oficinas e seus ramais. Digo "seus" pois estou quase convencido de que as Oficinas Trajano de Medeiros recebia dois ramais nas suas extremidades e jogava apenas uma linha para as Oficinas de Engenho de Dentro. Eu postei no post da RdO um esqueminha de que acredito ter sido de fato a RdO.
Mas, como sabemos, a RdO ainda guarda muita coisa pra gente.
Parabéns meu amigo, um grande abraço e até domingo.
Mas, como sabemos, a RdO ainda guarda muita coisa pra gente.
Parabéns meu amigo, um grande abraço e até domingo.
Abraços
LRangel
Serra da Estrela: Fascinante e misteriosa. Um dia ainda volto lá...
LRangel
Serra da Estrela: Fascinante e misteriosa. Um dia ainda volto lá...
Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Companheiros
Saudações.
Guilherme Pinho, esta placa é na própria rua Henrique Scheid?
Rangel, eu havia visto a sua postagem no outro tópico, o da Rio D’ouro que já tem muitas paginas e quando vi que o assunto era o ramal das oficinas, resolvi criar um Tópico próprio para trazer os argumentos aqui, já que eu possuía muita coisa sobre o mesmo.
Pelo que pude observar, existiram dois traçados deste ramal em épocas diferentes, o primeiro saindo de Inhaúma e seguindo próximo a Momhangaba, cortando a L. Auxiliar e com a extinção deste, foi criado um segundo, partindo da L. Auxiliar pela Parada Cheve Zieze, vide os mapas que postei.
De modo similar o mesmo parece que aconteceu com o ramal do Matadouro da Penha, vide o Tópico do Ramal Vicente Carvalho – Maria Angu (Ramal da Penha)
Obrigado pelo reconhecimento e elogios, vamos ver se puderei ir no domingo a expedição.
Abraço a todos.
Saudações.
Guilherme Pinho, esta placa é na própria rua Henrique Scheid?
Rangel, eu havia visto a sua postagem no outro tópico, o da Rio D’ouro que já tem muitas paginas e quando vi que o assunto era o ramal das oficinas, resolvi criar um Tópico próprio para trazer os argumentos aqui, já que eu possuía muita coisa sobre o mesmo.
Pelo que pude observar, existiram dois traçados deste ramal em épocas diferentes, o primeiro saindo de Inhaúma e seguindo próximo a Momhangaba, cortando a L. Auxiliar e com a extinção deste, foi criado um segundo, partindo da L. Auxiliar pela Parada Cheve Zieze, vide os mapas que postei.
De modo similar o mesmo parece que aconteceu com o ramal do Matadouro da Penha, vide o Tópico do Ramal Vicente Carvalho – Maria Angu (Ramal da Penha)
Obrigado pelo reconhecimento e elogios, vamos ver se puderei ir no domingo a expedição.
Abraço a todos.
Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Melekh, tudo bom?
Me diga uma coisa, a edificação apontada por você como sendo a parada José dos Reis está situada onde?
você poderia mostra-la usando o google?
Na minha opinião, acho que não é a parada, mas poderia ser uma casa pertencente a ferrovia.
De qualquer forma, é bom compararmos a sua localização com o local da estação de acordo com o mapa da SMU.
Quando estive no AGCRJ, vi uma foto que mostrava ser as esquinas da José dos Reis e E.Santa Cruz, posterior Suburbana, e haviam trilhos, mostrando um pequeno pátio e um pequeno galpão que parecia ser de metal, mas de forma alguma parecia ser uma estação.
Me diga uma coisa, a edificação apontada por você como sendo a parada José dos Reis está situada onde?
você poderia mostra-la usando o google?
Na minha opinião, acho que não é a parada, mas poderia ser uma casa pertencente a ferrovia.
De qualquer forma, é bom compararmos a sua localização com o local da estação de acordo com o mapa da SMU.
Quando estive no AGCRJ, vi uma foto que mostrava ser as esquinas da José dos Reis e E.Santa Cruz, posterior Suburbana, e haviam trilhos, mostrando um pequeno pátio e um pequeno galpão que parecia ser de metal, mas de forma alguma parecia ser uma estação.
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Autor do tópico - MODERADOR RJ
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Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Sim, logo no começo, aparenta ser um antigo galpão utilizado pela Rede Ferroviária, mas carece de informações, nota-se que outra placa foi retirado muro.Melekh escreveu:Guilherme Pinho, esta placa é na própria rua Henrique Scheid?
Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Adenilson, tudo bom.
Atendendo a seu pedido, estou postando o provável local da Estação José dos Reis.
Neste local, mora pessoas que afirmam que a casa pertence a ferrovia.
Segue a localização:
Guilherme valeu, na primeira oportunidade irei lá para investigar.
Abraços a todos.
Atendendo a seu pedido, estou postando o provável local da Estação José dos Reis.
Neste local, mora pessoas que afirmam que a casa pertence a ferrovia.
Segue a localização:
Guilherme valeu, na primeira oportunidade irei lá para investigar.
Abraços a todos.
Editado pela última vez por Melekh em 22 Nov 2011, 22:07, em um total de 1 vez.
Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Pessoal,
Coloco abaixo o possível traçado do Ramal das Oficinas, baseando-me nos mapas postados no Tópico, que estão em épocas diferentes.
Ressalto que a montagem engloba os traçados feitos em épocas diferentes, mas que resolvi colocá-los comO os mesmos coexistissem na mesma época.
Sabemos que o trecho que partia de Inhaúma até Engo. Dentro, cortando a Linha Auxiliar havia sido extinto e que fora criado um pequeno trecho saindo da Linha Auxiliar, a partir de Parada Chave Zieze.
Também poderão ver o Ramal da Fábrica Klabin, bem como as Estações Henrique Scheid, José dos Reis, Pilares entre outras.
Fica em aberto os possíveis ajustes e críticas, para melhorar as informações.
Segue o traçado:
Coloco abaixo o possível traçado do Ramal das Oficinas, baseando-me nos mapas postados no Tópico, que estão em épocas diferentes.
Ressalto que a montagem engloba os traçados feitos em épocas diferentes, mas que resolvi colocá-los comO os mesmos coexistissem na mesma época.
Sabemos que o trecho que partia de Inhaúma até Engo. Dentro, cortando a Linha Auxiliar havia sido extinto e que fora criado um pequeno trecho saindo da Linha Auxiliar, a partir de Parada Chave Zieze.
Também poderão ver o Ramal da Fábrica Klabin, bem como as Estações Henrique Scheid, José dos Reis, Pilares entre outras.
Fica em aberto os possíveis ajustes e críticas, para melhorar as informações.
Segue o traçado:
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- COORDENADOR
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- Localização: Rio de Janeiro/RJ
Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Adorei o thread, parabéns!
Vejo todo dia a Oficina de Pontes pela Linha Amarela, de dentro do ônibus... Como é o acesso lá? Dá pra chegar perto tranquilo?
Parabéns novamente.
Vejo todo dia a Oficina de Pontes pela Linha Amarela, de dentro do ônibus... Como é o acesso lá? Dá pra chegar perto tranquilo?
Parabéns novamente.
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.
Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Companheiro Renan,
O local é tranquilo sim e pela antiga Av. Suburbana, hoje Dom Helder Camara dá para acessar direto.
Fica perto do Supermercado Extra em Pilares.
Boa sorte.
O local é tranquilo sim e pela antiga Av. Suburbana, hoje Dom Helder Camara dá para acessar direto.
Fica perto do Supermercado Extra em Pilares.
Boa sorte.
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- COORDENADOR
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Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Maravilha cara
Eu meio que estou planejando um próximo encontro, acho que vale a pena colocar a oficina de pontes no trajeto...
Eu meio que estou planejando um próximo encontro, acho que vale a pena colocar a oficina de pontes no trajeto...
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.
Re: EF Rio D'Ouro - E.F.C.B. -- Ramal das Oficinas
Coloco mais resquícios do Ramal.
Vide o Portão Isolando o Ramal, na Rua das Oficinas. em frente o Engenhão e o que restou de uma ponte.
Pessoal,
Algumas informações.
Fotos tiradas na Rua aos fundos da Antiga Oficina de Ponte (atual Condomínio).
Fotos tiradas na Direção Engo. de Dentro.
Notem as catenárias.
Fotos tiradas na Direção Inhaúma.
Notem as catenárias.
Ainda temos muito que pesquisar...
Segue as datas dos ramais.
1883 – Ramal de Engenho de Dentro – 983 m
1891 – Ramal de Jose dos Reis – Suspenção do Ramal e foi suprimida a Estação
1899 - Ramal das Oficinas – De José dos Reis a Engenho de Dentro -- 3,263 m
Estranha é a distãncia de mais de 3kms ... será que englobou desde a origem, na Av.Automóvel Clube ou ... a partir de Venda Grande ?
Coloco aqui algumas observações.
O Ramal das Oficinas a princípio partia da Variante Antiga da E.F. Rio D’Ouro.
Esse Ramal tinha o seu inicio na Estação José dos Reis, vide o Mapa abaixo.
Foi então construída a Variante Nova da E.F. Rio D’Ouro, que coexistiu por algum tempo com a Variante Antiga e já prevendo o fechamento da Variante Antiga, foi criado um novo Ramal das Oficinas, partindo de Inhaúma. vide o Mapas abaixo.
Com o fim do Ramal das Oficinas, quando a EFCB absorve a E.F. Rio D’Ouro é construído um Ramal em Bitola Larga, ligando a L. Auxiliar a Linha do Centro.
Tal fato também aconteceu com o Ramal da Penha, que foi extinto e a E.F. Leopoldina criou o Ramal do Matadouro, já que o último era operado pela EFRD.
posto as datas e o documento seguindo a ordem cronológica; acredito que o Dado poderá confirmar as datas, pois ele postou esses documentos no finado TGVBR e lá seguiu em ordem de datas.
Vejamos:
Página 159 -- 1894
página 325 -- 1898
Página 583 -- 1899
- 1883 – Ramal de Engenho de Dentro – 983 m - Esse era o ramal original das oficinas, quando só havia a linha tronco pela Suburbana. É aproximadamente a linha em verde que você fez, mas não acredito que se ligasse à EFCB. Acho que ele terminava em algum ponto dentros das oficinas da EFCB. Por isso dá menos que o 1km e pouco que seria até a linha da Central.
- 1891 – Ramal de Jose dos Reis – Suspenção do Ramal e foi suprimida a Estação - Eu iamginaria que este Ramal José dos Reis seria o ramal que vinha de Inhauma até a Suburbana em boa parte junto à Rua José dos Reis. Mas isso só teria sentido se a variante de Inhauma já existisse ou se a data de 1891 estiver errada.
- 1899 - Ramal das Oficinas – De José dos Reis a Engenho de Dentro -- 3,263 m - Essa metragem bate com o que eu imaginei. Provavelmente nessa época os trens de passageiros já seguiam apenas pela variante nova por Inhauma. O trecho entre Liberdade e as oficinas do Engenho de Dentro passou a ser o "Ramal das Oficinas". A distência entre Liberdade, até a Henrique Scheid, entrando a seguir no ramal até as oficinas da Central batem com esta quilometragem. Só fiquei na duvida do pq eles chamam "De José dos Reis a Engenho de Dentro", mas pensei numa hipótese.
Ali eles estariam citando dois ramais: 1- Ramal das Oficinas, que seria de Liberdade até José dos Reis. 2- Ramal "De José dos Reis a Engenho de Dentro" que é o anteriormente chamado "Ramal de Engenho de Dentro" que ele entrava na sequência ali na esquina da Henrique Scheid. Cabe ressaltar que talvez este ramal poderia ser acessado apenas vindo da Auxilar se o cruzamento em Liberdade tivesse sido erradicado.
Tenho uma idéia que seria de colocar em um tópico para consulta, todos os Relatórios que citam a Rio d'Ouro e suas grades de horários em ordem cronológica com as suas datas de publicação. vocês acham que seria muito difícil fazer isso? Ou alguem já tem isso?
Abaixo, em vermelho, o que seria o "Ramal das Oficinas" e, em amarelo, o que seria o "Ramal de Engenho de Dentro" ou "De José dos Reis à Enegnho de Dentro".
Vide o Portão Isolando o Ramal, na Rua das Oficinas. em frente o Engenhão e o que restou de uma ponte.
Pessoal,
Algumas informações.
Fotos tiradas na Rua aos fundos da Antiga Oficina de Ponte (atual Condomínio).
Fotos tiradas na Direção Engo. de Dentro.
Notem as catenárias.
Fotos tiradas na Direção Inhaúma.
Notem as catenárias.
Ainda temos muito que pesquisar...
Segue as datas dos ramais.
1883 – Ramal de Engenho de Dentro – 983 m
1891 – Ramal de Jose dos Reis – Suspenção do Ramal e foi suprimida a Estação
1899 - Ramal das Oficinas – De José dos Reis a Engenho de Dentro -- 3,263 m
Estranha é a distãncia de mais de 3kms ... será que englobou desde a origem, na Av.Automóvel Clube ou ... a partir de Venda Grande ?
Coloco aqui algumas observações.
O Ramal das Oficinas a princípio partia da Variante Antiga da E.F. Rio D’Ouro.
Esse Ramal tinha o seu inicio na Estação José dos Reis, vide o Mapa abaixo.
Foi então construída a Variante Nova da E.F. Rio D’Ouro, que coexistiu por algum tempo com a Variante Antiga e já prevendo o fechamento da Variante Antiga, foi criado um novo Ramal das Oficinas, partindo de Inhaúma. vide o Mapas abaixo.
Com o fim do Ramal das Oficinas, quando a EFCB absorve a E.F. Rio D’Ouro é construído um Ramal em Bitola Larga, ligando a L. Auxiliar a Linha do Centro.
Tal fato também aconteceu com o Ramal da Penha, que foi extinto e a E.F. Leopoldina criou o Ramal do Matadouro, já que o último era operado pela EFRD.
posto as datas e o documento seguindo a ordem cronológica; acredito que o Dado poderá confirmar as datas, pois ele postou esses documentos no finado TGVBR e lá seguiu em ordem de datas.
Vejamos:
Página 159 -- 1894
página 325 -- 1898
Página 583 -- 1899
- 1883 – Ramal de Engenho de Dentro – 983 m - Esse era o ramal original das oficinas, quando só havia a linha tronco pela Suburbana. É aproximadamente a linha em verde que você fez, mas não acredito que se ligasse à EFCB. Acho que ele terminava em algum ponto dentros das oficinas da EFCB. Por isso dá menos que o 1km e pouco que seria até a linha da Central.
- 1891 – Ramal de Jose dos Reis – Suspenção do Ramal e foi suprimida a Estação - Eu iamginaria que este Ramal José dos Reis seria o ramal que vinha de Inhauma até a Suburbana em boa parte junto à Rua José dos Reis. Mas isso só teria sentido se a variante de Inhauma já existisse ou se a data de 1891 estiver errada.
- 1899 - Ramal das Oficinas – De José dos Reis a Engenho de Dentro -- 3,263 m - Essa metragem bate com o que eu imaginei. Provavelmente nessa época os trens de passageiros já seguiam apenas pela variante nova por Inhauma. O trecho entre Liberdade e as oficinas do Engenho de Dentro passou a ser o "Ramal das Oficinas". A distência entre Liberdade, até a Henrique Scheid, entrando a seguir no ramal até as oficinas da Central batem com esta quilometragem. Só fiquei na duvida do pq eles chamam "De José dos Reis a Engenho de Dentro", mas pensei numa hipótese.
Ali eles estariam citando dois ramais: 1- Ramal das Oficinas, que seria de Liberdade até José dos Reis. 2- Ramal "De José dos Reis a Engenho de Dentro" que é o anteriormente chamado "Ramal de Engenho de Dentro" que ele entrava na sequência ali na esquina da Henrique Scheid. Cabe ressaltar que talvez este ramal poderia ser acessado apenas vindo da Auxilar se o cruzamento em Liberdade tivesse sido erradicado.
Tenho uma idéia que seria de colocar em um tópico para consulta, todos os Relatórios que citam a Rio d'Ouro e suas grades de horários em ordem cronológica com as suas datas de publicação. vocês acham que seria muito difícil fazer isso? Ou alguem já tem isso?
Abaixo, em vermelho, o que seria o "Ramal das Oficinas" e, em amarelo, o que seria o "Ramal de Engenho de Dentro" ou "De José dos Reis à Enegnho de Dentro".
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- USUÁRIO JR
- Mensagens: 239
- Registrado em: 02 Ago 2008, 13:56
- Localização: São Paulo - SP
Rua das Oficinas: pólo industrial
A Rua das Oficinas também foi um pólo industrial.
Ali, tinha a fábrica dos Laboratórios Maurício Vilela (que foi comprada anos depois pela Beecham [depois Smith Kline Beecham e hoje Glaxo Smith Kline]).
Ali, tinha a fábrica dos Laboratórios Maurício Vilela (que foi comprada anos depois pela Beecham [depois Smith Kline Beecham e hoje Glaxo Smith Kline]).
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