Mesmo que deputados aprovem, CPI será vetada
Picciani alega que os pedidos protocolados em 2010 - ambos com assinaturas acima do mínimo necessário, o que implicaria aprovação automática - estão prejudicados por conta de um outro pedido de abertura de CPI, feito em novembro de 2009 por Molon. Este primeiro requerimento será levado a plenário, onde haverá uma votação. No entanto, mesmo que seja aprovado pelos deputados, o presidente da Casa o vetará. De acordo com Picciani, não há fato que justifique a criação de comissão de inquérito:
- Não se pode, a qualquer custo, abrir uma CPI num momento em que o Rio vai recepcionar uma Copa do Mundo e as Olimpíadas. Os investidores não podem se sentir inseguros.
O parlamentar afirmou, ainda, que o metrô está se modernizando e que os investimentos estão sendo feitos. Picciani disse que vai transferir a investigação para a Comissão permanente de Transportes.
O presidente da Alerj também defendeu o governador Sergio Cabral, alegando que este foi o primeiro governo a investir nos últimos 15 anos, implantando o bilhete único e comprando mais vagões para metrô e trens, que só começarão a chegar em 2011.
Molon, por sua vez, afirmou que entrará na Justiça contra Picciani. Ele quer um mandado de segurança que o obrigue o presidente da Alerj a instalar a comissão parlamentar.
Abaixo-assinado por CPI será feito na porta do metrô
- O presidente não tem o direito de escolher os temas que vão ou não ser investigados. Só há duas CPIs em funcionamento na Casa, não há razão para impedir a investigação do caos que chegou ao metrô. A decisão do presidente é uma afronta ao sofrimento que a população vem experimentando no transporte metroviário e ferroviário - afirma o deputado.
O petista anunciou uma campanha a partir desta sexta-feira para recolher assinaturas de usuários do metrô que apoiem a instalação da CPI. Ele pretende passar o documento na porta das estações de trem e metrô.
Já Corrêa da Rocha, o primeiro a protocolar em 2010 um pedido de CPI, afirmou que a abertura de um novo ano legislativo abre a perspectiva de que não é necessário consultar pedidos anteriores. Tanto que ele colocou um assessor na fila desde o dia anterior, para garantir que o pedido dele seria o primeiro a ser protocolado.
- A CPI precisa ter objeto definido. Obedeci aos princípios: fato determinado existe. Em relação ao pedido de CPI de novembro de 2009, não li a justificativa, não sei como está escrito. Mas as questões todas são de ponto de vista, de discussões, faz parte das quedas de braço entre oposição e governo - disse o tucano.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/02 ... 790318.asp
Bem que o David tava cantando pedra ein...
