
Perdão pra qualidade...hehe
Moderador: Lipe Andreense
Uai, mas ele já vai parar em todas as estações entre Guaianazes e Suzano. Isso já não o faz perder o "status" de expresso ?Lopes escreveu:Porque daí o EL perde o sentido, voltaria a ser a linha Tronco, aasim que quando chegar em Suzano, se não houver uma linha "paradora"o nome perde completamente o sentido!
Lá vai minhas poucas fotos tiradas no meu celular:HGPFILHO escreveu:Caraca, vocês foram em 11, recorde!!!
LamentávelVidal escreveu:
[...]
"O Metrô Leve é um metrô, um sistema de transporte sobre trilhos. Nossa proposta incorpora o que tem de mais moderno, mais avançado em termos de tecnologia, de sinalização, eletricidade, conforto e ainda resolve o problema da cicatriz urbana de Mogi"
[...]
"Essa é uma noite histórica"
[...]
http://www.cptm.sp.gov.br/e_noticias/we ... DNews=5380
Mogianos continuam questionando VLT
01/02/2009 - O Diário de Mogi
Mogianos que já andaram nos veículos leves sobre trilhos que funcionam em cidades do primeiro mundo desmentem o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, Sérgio Henrique Passos Avelleda. Ao contrário do que sustenta o principal executivo da CPTM, o VLT não é alternativa para viagens intermunicipais em nenhum dos países citados como exemplos pela estatal. Em Amsterdã (Holanda), Barcelona (Espanha), Dublin (Irlanda), Porto (Portugal) e Toyama (Japão), os VLTs substituíram ônibus circulares e não trens, que continuam operando com grande demanda entre um município e outro.
"Querer comparar as necessidades dos passageiros de subúrbios de Mogi com as dos usuários do VLT em Amsterdã ou Dublin é irresponsabilidade", afirma a professora de inglês Bianca Torelli, 30 anos, que andou nos dois sistemas quando morava na Holanda. "Os VLTs circulam como se fossem ônibus. Na verdade, funcionam como transporte complementar ao metrô e ao trem. São bastante confortáveis, mas também são lentos e não acomodam muita gente. Não imagino como seriam substituindo os subúrbios nos horários de pico, quando milhares de pessoas precisam se deslocar para São Paulo."
O jornalista Ewerthon Tobace, 31, que trocou Mogi pelo Japão há sete anos, conhece bem o VLT de Toyama. "Toyama tem uma grande estação [de trem] que a liga com outras cidades. Mas o transporte interno, além dos ônibus coletivos, agora é feito com esses ‘ônibus-trem’", diz ele. O sistema foi adotado por duas razões: priorizar o transporte coletivo e diminuir a poluição causada pelos ônibus. "Mais pessoas agora utilizam o transporte público ao invés de usar o próprio veículo para ir trabalhar, fazer compras, etc. Eles esperam atingir a meta de 30% menos poluentes de veículos automotivos até 2030. Sem contar que o trânsito diminuiu no centro."
Diferentemente do que ocorre em Toyama, o Estado quer implantar o modelo em Mogi para priorizar o transporte individual, submetendo as composições aos semáforos para dar passagem aos veículos. "É um absurdo", define o designer Luís Guilherme de Moraes Boucault, 25, que passou sete meses em Barcelona estudando novas alternativas de mobilidade urbana e andou muito de VLT. "Se a proposta é melhorar o espaço público no Centro, por que não fazer o trem passar sob a superfície, como o Metrô?" Ele diz que, com R$ 400 milhões, é possível fazer isso entre a Avenida Campos Salles, no Centro, e Rua Olegário Paiva, no Shangai.
Quem também conhece bem os VLTs que circulam na Europa é a professora Juliana Alvim Dowling, 25, que morou na Inglaterra e andava de veículo leve sobre trilhos toda vez que visitava a Holanda. Para ela, a proposta só é viável em sociedades que mantenham com as leis de trânsito e os códigos de postura um respeito canino. "Em Amsterdã, os pedestres só atravessam as ruas pelas faixas próprias e os motoristas obedecem até mesmo o sinal amarelo dos semáforos." Para ela, é arriscado derrubar os muros que protegem as linhas férreas em países como o Brasil.
Saliente-se, ainda, que entre as justificativas do Governo do Estado para retirar de circulação os trens espanhóis que chegaram até a Estudantes, na década de 1990, estava o fato de que as composições eram alvos de pedras atiradas por quem morava nas margens da linha férrea.
Só em Mogi ainda há cancelas
01/02/2009 - O Diário de Mogi
Passagem em nível no distrito de Cezar de Souza, Mogi das Cruzes
Enquanto Mogi das Cruzes é repartida ao meio a cada vez que as cancelas fecham nas seis passagens de nível, para permitir as viagens de trens, moradores das cidades vizinhas desfrutam do progresso advindo da construção de viadutos, que eliminaram definitivamente o cruzamento entre trilhos e trens há décadas. Se por um lado os elevados favorecem à pirataria, por causa dos ambulantes, e são refúgio de moradores de rua, por um outro, iniciativas de algumas prefeituras provam que é realmente possível criar espaços urbanizados e planejados embaixo de viadutos.
Foi o que a reportagem constatou, por exemplo, em Guaianazes, onde as porteiras para isolar os trilhos foram removidas na década de 60, como contam alguns moradores. Debaixo do viaduto funciona o Mercado Municipal Leonor Quadros, onde é possível comprar flores, peixes, artesanato e desfrutar de comidas típicas, como a nordestina e a japonesa. São também embaixo do viaduto que foram construídas duas praças, com bancos e mesas de concretos, espaços que hoje reúnem aposentados em rodas de conversas. Para as crianças, a parte inferior do elevado oferece outro atrativo: um pequeno parque com brinquedos como balanços e escorregadores. As colunas de sustentação do viaduto, que poderiam ser alvo de pichadores, foram tomadas por obras de grafite, dando um colorido à área. Do outro lado da linha de trem, longe da vista da Guarda Municipal, a parte inferior do viaduto funciona como um shopping improvisado, onde dezenas de ambulantes comercializavam produtos.
Mas não havia como, por exemplo, a área servir de abrigo aos moradores de rua uma vez que apenas as calçadas ficaram disponíveis. O espaço no entorno das colunas de sustentação simplesmente foi isolado com alambrado.
A instalação de viadutos ou túneis seria imprescindível, ao menos é o que argumenta o Governo do Estado, para que Mogi das Cruzes pudesse receber as modernas composições espanholas do Expresso Leste, que hoje param em Guaianazes e no ano que vem chegarão até a vizinha Suzano. Para justificar o não cumprimento de uma promessa feita pelo governador José Serra (PSDB) na última campanha, o Governo do Estado, vem tentando empurrar aos mogianos o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), uma espécie de bonde modernizado que está sendo vendido também sob o nome de Metrô Leve. Para instalar o VLT, mais lento que os atuais trens de subúrbio e que irá parar nos semáforos de trânsito de veículos, haverá a destruição dos muros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Recentemente, o governo Serra vem insistindo na ideia de que, urbanisticamente, o VLT seria melhor do que os viadutos. Mas um passeio pelas cidades vizinhas comprova que nem sempre os elevados de concreto são sinônimos de mendicância e deterioração.
Suzano é um outro exemplo. Em apenas um trecho do viaduto havia moradores de rua. Nas imediações da Estação Ferroviária do município vizinho, o elevado de concreto tinha sinais de deterioração, principalmente por conta de pichadores. Mas em frente à parada férrea, num investimento da Prefeitura e do próprio Governo do Estado, o Terminal Rodoviário Vereador Diniz José dos Santos, inaugurado em outubro de 2007, é mais uma prova de que é possível manter espaço bem urbanizado nas imediações de viadutos ou túneis. O terminal conta com arquitetura arrojada, cujas janelas de vidro em forma de círculo dão toque especial ao visual. As lixeiras do lugar são aquelas coloridas, destinadas à coleta seletiva dos resíduos de acordo com a origem do material. Há flores e plantas por toda parte e, os sanitários, de tão limpos, até cheiram produtos de limpeza. A unidade conta com assento nos pontos de ônibus e é coberta para proteger do sol e da chuva, além de ser adaptada a portadores de necessidades especiais. E o mais importante é o conforto dos suzanenses para pegar o trem: apenas dez passos, em pouco menos de 30 segundos, são necessários para deixar o Terminal Rodoviário e alcançar as plataformas da CPTM, de onde, a partir do ano que vem, poderão viajar direto até a chegada a Capital.
O grafite também foi utilizado para afastar os pichadores das colunas do viaduto de Poá, que integra a Rodovia Henrique Eroles (SP-66). Na cidade, logo na descida do elevado, o córrego local recebeu o plantio de árvores.
Em Ferraz de Vasconcelos, os muros da CPTM, pintados de azul, quase não contam com pichações. Debaixo do viaduto uma solução prática, apesar de não ser esteticamente feliz, foi implantada para evitar o mau uso da área inferior: as colunas foram isoladas por muro de concreto. Em Mogi, no entanto, os moradores ainda convivem com as antigas cancelas que param o trânsito, cada vez que o trem passa.
Viadutos eliminaram acidentes
Cancelas ou porteiras no cruzamento entre trilhos e vias públicas, para moradores de Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Poá e Guaianazes, na Capital, fazem parte do passado há anos. O Diário questionou os residentes das cidades vizinhas sobre as vantagens e eventuais prejuízos trazidos com a construção dos viadutos, que eliminaram o cruzamento entre trens e carros de maneira definitiva. Mesmo afirmando que houve alguns danos, como prejuízos comerciais devido à separação do território pelos elevados, os entrevistados, de forma unânime, preferem os viadutos às cancelas por dois motivos: segurança e fluidez no trânsito.
Em Poá, o comerciante Flávio Puerta conta que não era intenso o tráfego de veículos na passagem de nível da cidade, trocada por um viaduto no final dos anos 80. Não havia muito trânsito, mas eram bem alto os números de acidentes dentro da linha férrea. Teve uma família inteira que morreu num Gordini, que ficou parado sobre os trilhos. Isso aconteceu bem no final dos anos 60. Acho que era 1968 e haviam retirado a cancela e deixado apenas o sinal sonoro, afirma.
Puerta conta que eram tantos os acidentes na linha férrea que algumas ocorrências eram até engraçadas. Lembro que um casal, em uma Romi-Isetta, uma espécie de Kombi misturada com lambreta, caiu dentro de um mata-burro, que era um buraco aberto perto da linha para que os animais não entrassem nos trilhos. Mas, por sorte, eles não se machucaram.
Questionado sobre como seria Poá sem o viaduto, Puerta fala bem sério. Sem chance. Hoje, com o trânsito atual, em 30 segundos sem fluidez o viaduto já fica congestionado. Aliás, precisamos de um novo, porque este já não comporta a quantidade de veículos adequadamente.
Roberto de Almeida, também morador de Poá, é outro que defende as vantagens trazidas pela eliminação das cancelas. Tinha muitos atropelamentos. Era um tal de gente perdendo a perna, o pé. Apesar de algumas pessoas reclamarem de terem que dar a volta, hoje temos mais segurança e o congestionamento do trânsito melhorou, afirma.
Em Ferraz de Vasconcelos, como lembra Leoder de Oliveira, não havia nem tráfego intenso de carros nem acidentes que justificassem a construção de um viaduto para transpor a linha férrea. Ainda assim, a obra foi realizada. Não lembro do ano, mas foi no tempo do Maluf. As ruas ainda eram de terra e tinha poucos carros, quase nada. Por este motivo, também eram raros os acidentes.
Oliveira acredita que hoje haveria um caos em Ferraz caso os viadutos ainda não existissem. Aqui ficou bem melhor. As ruas dos arredores foram asfaltadas. A iluminação, que era bem precária, também foi bastante reforçada. Ferraz cresceu muito e, se ainda tivéssemos as cancelas, a nossa situação estaria bastante complicada.
Odair Alves Pedroso, outro residente em Ferraz de Vasconcelos, concorda. Não dá nem para imaginar o que seria do trânsito, avalia.
Maria Antonia Diegues Barbosa, moradora de Guaianazes, era pequena quando o primeiro viaduto da estação foi construído, em meados dos anos 60. Acho que foi, mais ou menos, em 1965. Eu ainda era menina. Lembro que a passagem era bastante estreita e havia um brejo nos arredores da estação. Eu morria de medo dos casos que os adultos contavam, de gente que sofria acidentes na linha férrea: morria, perdia a perna, o pé, recorda. Hoje, assim como outros entrevistados, Guaianazes, na opinião dela, não seria nada sem os viadutos. Com o trânsito que temos hoje seria mesmo impossível. Ainda mais no nosso caso porque a passagem de nível era bastante pequena. Aliás, acho que já precisamos de mais um viaduto para a estação nova.
Florentino de Fátima Machado, outro morador de Guaianazes, também revela que antes dos viadutos a população sofria com os acidentes. Nunca me esqueço de uma vez, quando eu era criança, quando um caminhão de cimento perdeu o freio, arrebentou as cancelas e entrou dentro da estação. Não lembro se houve mortes, mas muita gente ficou machucada. Quando os carros não arrebentavam as cancelas, elas eram alvo de acidentes mais leves e sempre estavam quebradas.
Comerciante, Luis Antonio Câmara, de Suzano, viu a obra que eliminou as cancelas na Cidade vizinha. Foi nos anos 90. Havia muitas reclamações sobre os problemas no trânsito, que era muito lento. Com a construção do viaduto, a situação ficou bem melhor. Matuo Oki, também morador de Suzano, lembra dos acidentes. Foram centenas, sintetiza.
Já morei na cidade de Toyama durante 2 meses na 2ºvez que estive no japão e andei nos VLT´s de lá. O que o que o Jornalista diz é totalmente verdadeiro, o VLT de lá entrou no lugar de antigos trajetos de ônibus, só que os semaforos abrem automaticamente na aproximação do VLT (ou seja, é priorizado o transporte publico sobre o individual).gustavodc escreveu:fonte: http://www.revistaferroviaria.com/index ... Editoria=2
Só em Mogi ainda há cancelas
01/02/2009 - O Diário de Mogi
Passagem em nível no distrito de Cezar de Souza, Mogi das Cruzes
"Querer comparar as necessidades dos passageiros de subúrbios de Mogi com as dos usuários do VLT em Amsterdã ou Dublin é irresponsabilidade", afirma a professora de inglês Bianca Torelli, 30 anos, que andou nos dois sistemas quando morava na Holanda. "Os VLTs circulam como se fossem ônibus. Na verdade, funcionam como transporte complementar ao metrô e ao trem. São bastante confortáveis, mas também são lentos e não acomodam muita gente. Não imagino como seriam substituindo os subúrbios nos horários de pico, quando milhares de pessoas precisam se deslocar para São Paulo."
O jornalista Ewerthon Tobace, 31, que trocou Mogi pelo Japão há sete anos, conhece bem o VLT de Toyama. "Toyama tem uma grande estação [de trem] que a liga com outras cidades. Mas o transporte interno, além dos ônibus coletivos, agora é feito com esses ‘ônibus-trem’", diz ele. O sistema foi adotado por duas razões: priorizar o transporte coletivo e diminuir a poluição causada pelos ônibus. "Mais pessoas agora utilizam o transporte público ao invés de usar o próprio veículo para ir trabalhar, fazer compras, etc. Eles esperam atingir a meta de 30% menos poluentes de veículos automotivos até 2030. Sem contar que o trânsito diminuiu no centro."
Diferentemente do que ocorre em Toyama, o Estado quer implantar o modelo em Mogi para priorizar o transporte individual, submetendo as composições aos semáforos para dar passagem aos veículos. "É um absurdo", define o designer Luís Guilherme de Moraes Boucault, 25, que passou sete meses em Barcelona estudando novas alternativas de mobilidade urbana e andou muito de VLT. "Se a proposta é melhorar o espaço público no Centro, por que não fazer o trem passar sob a superfície, como o Metrô?" Ele diz que, com R$ 400 milhões, é possível fazer isso entre a Avenida Campos Salles, no Centro, e Rua Olegário Paiva, no Shangai.
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