metropolitanos (metrôs),
monotrilhos,
people movers,
linhas de VLT segregadas.
Ele cria um ambiente em que cada trem sabe exatamente onde está o trem à frente, calculando continuamente:
Posição
Velocidade
Curva de frenagem
Espaçamento dinâmico mínimo seguro
Ao contrário dos sistemas tradicionais, o CBTC não depende de blocos fixos no solo (track circuits) e pode operar com blocos móveis verdadeiros desde sua concepção.
O CBTC normalmente envolve:
ATC — Automatic Train Control
Macroestrutura de controle.
ATO — Automatic Train Operation
Condução automática (arranque, aceleração, frenagem, parada precisa).
ATP — Automatic Train Protection
Proteção: impede colisões, curvas excessivas, ultrapassagem de limites, etc.
ATS — Automatic Train Supervision
Gerenciamento de tráfego: headway, prioridades, timetable, gestão operacional.
COMMS — Redes de comunicação
Rádio digital próprio — Wi-Fi industrial (IEEE 802.11), LTE privado ou equivalente.
CBTC = Posição contínua + comunicação contínua + proteção contínua.
1. O trem se auto-localiza
O trem calcula sua posição absoluta e relativa, usando:
Odometria de alta precisão
Encoders
Giroscópios e acelerômetros
Balizas/Tags de referência (opcional)
2. O trem e a via trocam informações continuamente
Por rádio (Wi-Fi industrial ou LTE):
Velocidade permitida
Distância ao trem à frente
Perfis de aceleração e frenagem
Restrições temporárias
Autoridade de movimento dinâmica
3. A lógica central decide
O sistema central controla:
Headway
Intervalos entre trens
Coordenação de chegada e partida
Gestão em tempo real
4. ATO faz a condução automática
Trens param no ponto exato da plataforma, aceleram e frenam de forma otimizada.
CBTC é um sistema urbano.
Ele prioriza:
Alta capacidade operacional
Intervalos reduzidos (headway < 90 segundos)
Precisão de parada na plataforma
Fluxo contínuo, repetitivo e padronizado
Enquanto o ETCS gerencia longas distâncias com velocidades altas, o CBTC gerencia altas frequências em ambientes repetitivos, geralmente subterrâneos ou via segregada.
Sistema Para que serve Para que NÃO serve
CBTC Metrôs, monotrilhos, VLT segregado, linhas urbanas de alta densidade Linhas de longa distância, trens de carga, interoperabilidade entre países
ETCS Ferrovias regionais, trens de alta velocidade, transporte de carga, interoperabilidade Headway ultra-curto (<90s), condução automática de metrô, stopping preciso em plataforma
CBTC: espaçamento realmente móvel, posição calculada com precisão centimétrica → intervalos mínimos.
ETCS (Nível 2/3): pode ter blocos móveis, mas baseados em princípios de autorização de movimento, não em posição relativa.
Resultado:
CBTC: tipicamente até 80–100 km/h.
ETCS: projetado para 160, 200, 300+ km/h.
CBTC não é adequado para ferrovias de alta velocidade.
CBTC: precisão milimétrica (ATO).
ETCS: depende do maquinista (em Níveis 1/2); só há ATO em arquiteturas adicionais (ATO over ETCS), não é nativo.
CBTC nasceu para parar exatamente onde a porta deve abrir.
CBTC → Segurança espacial (posição do trem)
A integridade é garantida pela própria OBU + redundância embarcada.
A posição é continuamente conhecida e distribuída.
ETCS → Segurança lógica (autoridade de movimento)
Segurança centrada na MA (Movement Authority).
Depende da topologia da via.
CBTC
Alta densidade de antenas/rádios na via.
Equipamento eletrônico embarcado redundante.
Servidores de controle distribuído.
ETCS
Balizas (nível 1)
Rádio GSM-R / FRMCS (nível 2)
RBC
Pouca infraestrutura lateral em comparação ao CBTC.
CBTC é um sistema urbano de controle por comunicação contínua com posição absoluta e relativa precisa, criado para maximizar a capacidade e automatizar a operação em ambientes de baixa velocidade e alta frequência.
ETCS é um sistema de controle continental baseado em autorização de movimento, criado para gerenciar trens de longa distância, interoperabilidade e velocidades elevadas.
Reduzir intervalos entre trens
Condução automática (ATO nativo)
Aumentar capacidade de metrôs e monotrilhos
Operar em túneis, vias segregadas, ambientes urbanos
Precisão extrema de parada em plataforma
Gerenciar headway dinamicamente
Trens de alta velocidade
Transporte pesado de carga
Longas distâncias (> 30–40 km entre estações)
Interoperabilidade entre países
Integração direta com ETCS
Condições de via abertas sem isolamento (cruzamentos com veículos, pedestres)
CBTC requer via segregada para garantir integridade operacional.
Aqui temos uma síntese técnica sobre o sistema, abordando também qual seu escopo de aplicação, muito importante e oportuno de se comentar popis, no Brasil, certas soluções têm ou são vendidas como "solução maravilha" sendo que, em que pese sua tecnologia e eficiência, é uma entre outras, como disse, de acordo com sua aplicação.