Segue a noticia publicada no Portal Terra:
Mulher morre ao bater carro em locomotiva no interior de SP
Claudio Dias
Direto de Araraquara
A jovem Jaqueline Viviane Soares, 26 anos, morreu, no final da noite de quinta-feira, depois de se envolver em um acidente com uma locomotiva em uma passagem de nível no Jardim Popular, em Ibaté, a 247 km de São Paulo. O carro em que ela estava acabou parando no meio do caminho e foi atingido violentamente. O caso será investigado pela perícia.

Gol foi arrastado por cerca de 300 m
De acordo com a Polícia Militar (PM), Jaqueline era passageira de um Gol, quando, por motivos ainda não esclarecidos, o veículo parou em cima da passagem de nível. A locomotiva, que necessita de um grande espaço para frear, bateu muito forte contra o carro. Uma peça do engate da locomotiva atingiu a cabeça da mulher, que morreu na hora.
O motorista do carro, Odair Santos Lima, 47 anos, ficou gravemente ferido. Ele não deu declaração à polícia informando sobre o acidente e foi socorrido à Santa Casa de São Carlos, mas não corre risco de morrer. A batida foi tão violenta que o carro foi arrastado por cerca de 300 m. O local ficou interditado por algumas horas.
Essa mesma passagem de nível foi o local de outro acidente no último dia 30 de agosto. Na ocasião, um caminhão bi-trem carregado de açúcar pegou fogo depois de ser atingido por um trem com vagões carregados com biodiesel. O motorista saltou e não ficou ferido. A carreta foi arrastada e ficou destruída.
Este é o segundo acidente envolvendo composições férreas com vítima fatal no Estado em apenas 24 horas. A maior tragédia foi registrada em Americana, na quarta-feira. Um ônibus colidiu contra um trem em uma passagem de nível. Nove morreram e outros 17 ficaram feridos. Com o impacto, o coletivo foi arrastado por cerca de 150 m e se partiu ao meio.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a linha férrea é sempre preferencial e avançá-la é infração gravíssima, sujeito a perda de sete pontos na carteira. A multa equivale a R$ 186,39. Isso porque o trem, ao contrário dos demais veículos, precisa de mais de 500 m para parar totalmente, mesmo após o maquinista acionar os freios.